
LAGOA AZUL EM SINTRA | SESSÃO FAMÍLIA
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Olá à todos,
É sempre bom voltar aqui para desabafar um pouco e partilhar de imagens novinhas. Essa adorável sessão fotográfica de família foi realizada em Sintra, em um sítio belíssimo chamado "Lagoa azul".
Essa família é muito especial e a sessão de fotos foi feita da forma mais natural possível, apenas vivi com eles parte da rotina ligada a natureza e ao que mais admiro: a infância livre e pés ao chão.
Por aqui o inverno chegou e junto dele a temporada de uma reorganização; de muitos questionamentos também, pelos acontecimentos recentes em minha vida, tenho pensado muito como o entretenimento afecta a arte. Não é fácil sobreviver a um merdado que não reconhece o mérito artístico, é cansativo pois fazer arte é envolver-se a dor. A mais bela dor de todas e no fim o "perdemos" para um sociedade de espetáculo. Fazer pessoas sentirem em meio ao show de imagens repetitivas que as viciam é praticamente uma guerra. O mundo quer bloquear as almas, os corações e por fim os olhos.
Desde que fotografei o meu último casamento precisei me afastar das câmeras, cansei da necessidade de produzir sempre. Fotografia para mim nunca será métrica, quantidade e números. É preciso tempo e folga para respirar e trazer imagens novas. Como já disse ali em cima, o novo requer tempo e entrega.
Volto agora com um frescor manso, de quem já entendeu coisas que queria evitar compreender. Trago fotografias de amor, de uma fotógrafa mais desapegada que precisa mesmo se excluir para mostrar. Aceitei que não pertenço ao que não é genuíno e sincero. Gosto do desafio de ser único.
A fotografia de família nunca me fez tanto sentido. Espero poder guardar nessas imagens os segredos que se revelam e os valores irrevessíveis. No futuro breve (pois o tempo só anda a correr), espero que essas fotografias tenham mais significado que esses simples desenhos de luz, que essas memórias sejam o sítio onde esses miúdos queiram voltar quando a vida cheia, os trouxer sensação de vazio.
Recorro a essas fotografias para perceber novamente o que faz sentido viver: o tempo livre.
Bom, comigo é assim, a infância e a natureza me curam.
Espero que sintam a brisa daí e muito amor à todos vocês. Sigamos!




























































































